terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Eu, meus desejos e mim .

- Falando de alguém estranho? Ou seria esse alguém próximo demais?
- Olá?
- Ande, conte-me; onde estão seus limites? E as drogas que você usa, onde você as confidência?
- Eu? Não, eu não!
- Sim, você. Exatamente você!
- Você se enganou de novo, querida.
- Tenho certeza de que estou corretíssima!
- Impossível.
- Diria... Inevitável, no seu caso.
- Está certo, vamos direto ao ponto e deixe de ser tão esdrúxula ao falar debochadamente comigo, já que me conheces tão bem, respeite-me no mínimo!
- Pode ser, é... Deve ser.
- Quem é você?
- Onde estamos?
- Primeiro a minha pergunta!
- As damas primeiro!
- E quem disse que não sou uma dama?
- E quem disse que fui sincera?
- Está certo, desde o começo...
(E a discussão chegava sempre no mesmo fim)

Estávamos eu, mim e meu desejos; mim estava só, os desejos eram posse de eu, mas tudo dependia dela. E quem era ela?
- MUITÍSSIMO PRAZER, SOU A SENHORA SUA CONSCIÊNCIA!
Então estava tudo mais claro, eu falava comigo mesmo, passando informações à mim sobre meus desejos, e onde estava era simples, dentro de eu, ou será que de mim? Impossível saber, meus desejos eram complexos e enormes demais! E por ali o assunto se estendia.
Sorria, chorava, dançava no pano que jogaram no chão para que me sentisse passando sobre as nuvens que no meu paraíso habitava, e eu me sentia bem, comigo. Estava calma, de repente agitava, outrora mais inquieta; por fim, apagada, jogada ao breu, ao gosto doce de um fel saboroso, estranho não? Sim eu sei que sim. É fato! Abstrato! E o lado bom é o do gato que sempre está ''em pé''. E aqui por mim, me rendo, me jogo, me abraço. Eu estou cansada.
Mas a minha estrada segue almejante e meus desejos nela, eu em mim mesma.
Deixa pra lá, eu não estou dormindo; é só um papo com a cabeça. Por mim ... Eu.

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