sábado, 18 de setembro de 2010

Marchal: What a hell is this? Marie: We just fucking sweetheart!

Eu não sei por quantos minutos exatos parei de respirar, eu mergulhei dentro de mim e simplesmente desisti de tudo do mundo a fora, eu desisti da flora e da fauna, do corpo e da alma, fiquei só, comigo. O mundo girou e pegou fogo. Eu estava dentro d'água, me afogando em sentimentos inescrúpulos, esdrúxulos e vazios, perdi várias noites cheias de abraços, mas pensei um pouco mais em mim; ainda que eu não saiba ao certo o que eu quero de mim, o que eu espero de mim; porém, conheço bem o quanto sou capaz, e isso não é alto estima demais ou narcisismo.
Agonizando com calafrios e os lábios rosados (quase roxos), os olhos lacrimejando, adoeci internamente, internei minha mente e desisti da falta de orgulho pessoal, desisti de tudo, dessa vez, desisti por mim.
Existe aqui dentro um sonho por mim, minhas pernas suando o que o mundo me faz persuadir o tempo todo, meu sorriso aberto, ainda que eu tente não ser vulgar, tenho que admitir, havia em mim um sorriso arreganhado, arrebatador. Um sorriso.
Eu não quero estar, eu simplesmente estou e aprendi a não desejar tanto assim as coisas, a regra é não ter regra, admitir sua liberdade e passar existir pelo que há de mais simples, isso é, se você quiser de fato ser simples.
"I don't do relationships"

Que me desculpem os desalmados, mas a paixão é inevitável; às vezes.
Parece tudo tão clichê e fora de moda, mas existem luzes piscando em mim, e há um sabor nem tão desconhecido assim, aqui dentro tudo gira, tudo. Existe um ponto que ao som de um só toque, com apenas uma nota (Sol) você sabe que não é tão difícil fazer que minhas partituras fiquem confusas, o alcance suave de dedos, medos, afeições e misturas de boca, sangue, música, voz, acustico, é tão à dois, é um plano tão sozinho, a satisfação contatual, o olhar cansado, exausto, revirado. Convenhamos que não há nada que eu diga que não saibas que existe na tua boca muitas pétalas de uma rosa, quente, úmida, rosa... branca. O suor corrompendo e devorando todo meu frio, é tão extasiante quanto chocolate no inverno do canadá.
Luzes coloridas piscam em mim, de dentro pra fora, e os berros inevitáveis desse heavy metal que me compõe assustam meus vizinhos, indgnados com a possibilidade de dois sorrisos tão iguais, tão melosos, um contato sem entrelinhas, indireto e tão cheio de espásmos incontáveis, contorce, distorce, suspira, respira... ah o amor! A porra do amor!
Tudo o que eu tenho a lhe oferecer é isso; não eu não estou falando do sentimento, refiro-me ao que descrevi, todos esses beijos, os contatos, os movimentos de vai e vem, as linguas, as bocas, os lábios.
Toda essa extremidade, essa proximidade. Você é promíscua garota, e eu não me importo com a frustração exterior. Existe uma mulher aqui, e ela não sou eu.

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