quarta-feira, 24 de junho de 2009

células do meu sangue.

Naquela noite,
beber o sangue me foi indigesto.
Desceu-me ardendo, queimando; incômodo.
Fora diferente desta vez;
como se o vinho fosse rim para o alcóolatra.
Minha gargante fora arranhada pelo próprio sangue;
o sangue me descia a fio.
E ao fio da navalha gargalhei!
Aquela gargalhada me fez sentir o sangue;
o mesmo que me fora indigesto naquela noite.
Conta-me, beija-ma; seca-me.
Entra em contato com meu corpo e toca-me;
faça com que o mundo caia num breu.
E que o sabor do féu seja o sabor mais doce;
sua vida? viva.
Caso percas a vontade de viver; destrua-a.

Nenhum comentário:

Postar um comentário