quarta-feira, 29 de abril de 2009

magnifica e dolorosa.

Hoje foi uma tarde difícil, cansativa, animada, desesperadora.
Sabe então eu olhei pro céu no unico momento em que tive oportunidade, e ele ja escurecera, era noite, quase noite; por volta das 18:30, as pessoas estão na rua, alguns manos atrás de um birico mais barato, algumas minas atrás de programa, noite dificil, noite bem dificil.
Então os homi colam e detonam o bangue; cadê a graça? É a periferia pela qual passei, vi gente caminhando com mp3 e sendo roubado, vi menina sorrindo num abraço apertado, vi garoto declarando que queria namorado. Sem preconceito, o mundo devia ser sempre assim, mais tranquilo.
A gente vê tanta coisa e nem se assusta mais, vê pastor que mata um escravo do crack pelo fato de que sua filha "pura" decidiu se engraçar com o moço, e o errado era ele; agora morto. A gente vê muita midia corrompendo cérebros, vê muita droga passando de mão em mão, muita gente orgulhosa, gente sem alma, sem coração. Ninguém no país é patriota, o imposto de renda é uma roubalheira da porra e não é utilizado pra absolutamente nada a não ser corrupção, dia após dia a gente vê deputado enrriquecendo, senador comprando jatinho particular e o povo todo se fudendo como sempre; engraçado né? Cada dia mais merda e a gente aceitando, sem patriotismo nenhum mesmo, brasileiro já perdeu quase toda fé que tinha e pra muitos por aí, ser pobre é viver no inferno. Compreensivel? talvez, é injusto o que eles sofrem, mesmo.
Então estava eu em uma quase noite, voltando pra casa em meu próprio silencio, pensando no que temer, o que fazer, olhando pela janela de um onibus que estava quente, um onibus lotado, mas pelo menos consegui um lugar pra poder sentar, foi bom, foi péssimo, tive nauseas o caminho, notei um senhor conhecido de meus pais trebado sentado ao meu lado, apavorou-me; um homem tão religioso, jogado agora à podridão, onde vai parar esse inferno?
Mas eu continuei; o onibus fez várias paradas, nada tão estranho, mas minha volta não foi comum, senti coisas diferentes, me senti amadurecer nesta tarde, foi estranho, foi horrivel, foi maravilhoso. Quem sabe um dia eu não encontre algo que me deixe na espectativa e tenha mais fé na sobrevivencia das pessoas. Tive compaixão por muitos, amor por poucos, paixonites que juraram ser eternas e hoje nem se quer por mim são lembradas; apaguei muito, deixei somente o nescessário, o reciclavel e hoje eu sei o que todo ser humano quer ser... aceito
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